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Foto do escritorAraújo, Rezende e Gonçalves

Quais são as vantagens do inventário extrajudicial?


Homem escrevendo em um papel, com uma caneta.

Em busca de uma maneira eficiente e menos burocrática de resolver a partilha de bens de um ente querido falecido? É possível que uma inventário extrajudicial seja a solução que você procura.


Um inventário extrajudicial, também conhecido como inventário em cartório, oferece uma série de vantagens em comparação com o inventário judicial tradicional. Uma das principais vantagens é a rapidez do processo. Enquanto um inventário judicial pode levar anos para ser concluído, um inventário extrajudicial pode ser finalizado em questão de meses. Outra vantagem do inventário extrajudicial é a maior flexibilidade oferecida aos herdeiros.


Se você está considerando a opção de fazer um inventário extrajudicial, este artigo irá explorar em detalhes as suas vantagens e os passos a serem seguidos para realizá-lo de forma eficiente.


Introdução aos inventários extrajudiciais


Os processos de inventário podem ser complexos e demorados, principalmente quando realizados de forma judicial. No entanto, existe uma alternativa mais eficiente e menos burocrática: o inventário extrajudicial, também conhecido como inventário notarial. Essa opção oferece uma série de vantagens em relação ao inventário judicial tradicional.


O inventário é o processo utilizado para apurar os bens, direitos e dívidas deixados pelo falecido. A partilha, por sua vez, é o meio pelo qual a transferência da propriedade desses bens aos herdeiros é formalizada. A Lei 11.441/07 trouxe uma significativa simplificação ao procedimento de inventário ao permitir que ele seja realizado em cartório, por meio de escritura pública. Isso tornou o processo mais rápido, simples e seguro, facilitando a vida dos cidadãos.


Neste artigo, exploraremos em detalhes as vantagens do inventário extrajudicial e os passos a serem seguidos para realizá-lo de forma eficiente. Se você está considerando essa opção para a divisão dos bens de um ente querido falecido, continue lendo para entender melhor como esse processo pode agilizar e simplificar o processo.


Logo do escritório de advocacia.

Compreendendo as vantagens do inventário extrajudicial


Economia de tempo e eficiência

Uma das principais vantagens do inventário extrajudicial é a rapidez do processo. Enquanto um inventário judicial pode levar anos para ser concluído, um inventário extrajudicial pode ser finalizado em questão de meses. Isso significa que os herdeiros não precisam esperar por um longo período para ter acesso aos bens do falecido, permitindo que eles resolvam as questões relativas à herança de forma mais ágil.


Além disso, o inventário extrajudicial é geralmente mais eficiente em termos de tempo, já que não exige a participação de um juiz ou a realização de audiências. Dessa forma, as etapas do processo podem ser conduzidas de maneira mais direta, simplificando a burocracia envolvida no inventário.


Privacidade e confidencialidade

Outra vantagem do inventário extrajudicial é a maior privacidade e confidencialidade proporcionada aos herdeiros. Diferentemente de um inventário judicial, que é um processo público, o inventário extrajudicial é realizado em cartório e geralmente mantido em sigilo. Isso significa que os detalhes da divisão dos bens e do patrimônio do falecido não precisam ser divulgados publicamente, preservando a intimidade da família e dos herdeiros.


Essa maior privacidade pode ser especialmente importante para famílias que desejam manter suas questões e negociações de herança em um ambiente mais restrito, evitando exposição pública e possíveis conflitos relacionados à exposição de informações pessoais.


Flexibilidade e controle

No inventário extrajudicial, os herdeiros têm maior flexibilidade e controle sobre o processo. Diferentemente do inventário judicial, no qual as decisões são tomadas pelo juiz, no inventário extrajudicial, são os próprios herdeiros que decidem como dividir os bens, desde que haja consenso entre eles.


Essa maior flexibilidade permite que os herdeiros encontrem soluções personalizadas e adequadas às suas necessidades e interesses individuais. Além disso, como as decisões são tomadas pelos próprios herdeiros, há uma maior probabilidade de que todos se sintam satisfeitos com o resultado final, o que pode ajudar a preservar relacionamentos e minimizar conflitos familiares.


Evitar processos legais longos e formais

O inventário judicial pode ser um processo longo e formal, envolvendo a participação de advogados, juízes e a realização de audiências. Essa formalidade pode tornar o processo mais burocrático e demorado, além de aumentar os custos envolvidos.


No inventário extrajudicial, essas formalidades são reduzidas, pois o processo é realizado em cartório, com a participação de um tabelião. Isso torna o processo mais ágil, menos formal e mais acessível para os herdeiros. Além disso, como não há necessidade de comparecer a audiências ou lidar com a burocracia do sistema judicial, os custos envolvidos também podem ser reduzidos.


Como iniciar um inventário extrajudicial


Iniciar um inventário extrajudicial requer a realização de alguns passos específicos. Aqui estão as etapas básicas para dar início ao processo:


  • Contrate um advogado especializado em inventários extrajudiciais: Embora o inventário extrajudicial seja um processo mais simples do que o judicial, é importante contar com a orientação de um advogado especializado para garantir que tudo seja realizado corretamente e de acordo com a lei.


  • Obtenha os documentos necessários: Antes de iniciar o inventário, é necessário reunir os documentos necessários, como a certidão de óbito do falecido, a certidão de casamento ou união estável, o testamento (se houver), entre outros.


  • Elabore o plano de partilha: Em seguida, os herdeiros devem elaborar um plano de partilha, ou seja, um documento que descreva como os bens serão divididos entre eles. Esse plano deve ser consensual entre todos os herdeiros e estar de acordo com a legislação vigente.


  • Assine os documentos necessários: Após a elaboração do plano de partilha, os herdeiros devem assinar todos os documentos necessários para formalizar o inventário extrajudicial. Isso inclui a escritura pública de inventário e partilha, que será lavrada pelo tabelião.


  • Registre a escritura pública: Por fim, a escritura pública de inventário e partilha deve ser registrada no cartório de registro de imóveis competente. Esse registro garante a validade legal do inventário extrajudicial e a transferência correta dos bens aos herdeiros.

Dicas para um inventário extrajudicial bem-sucedido


• Contrate um advogado especializado em inventários extrajudiciais para garantir que todas as etapas sejam realizadas corretamente e de acordo com a lei. A legislação requer a presença de um advogado como assistente jurídico das partes durante as escrituras de inventário.

O advogado comparece ao ato em defesa dos interesses de seus clientes, bem como deve assinar a escritura juntamente com as partes envolvidas. Não é necessário apresentar petição ou procuração, pois esta é outorgada pelos interessados na própria escritura de inventário.


• Organize todos os documentos relevantes antes de iniciar o inventário, para garantir que nada seja esquecido e que o processo seja conduzido de forma mais eficiente.


• Mantenha uma comunicação aberta e transparente com os demais herdeiros, para facilitar o consenso e evitar possíveis conflitos durante o processo.


• Esteja preparado para fazer alguns ajustes no plano de partilha, caso surjam novas informações ou circunstâncias que exijam alterações.


Conclusão e considerações finais


Em resumo, o inventário extrajudicial oferece diversas vantagens em relação ao inventário judicial tradicional. Além de ser mais rápido e eficiente, ele proporciona maior privacidade, flexibilidade e controle aos herdeiros. Ao evitar longos e formais processos legais, o inventário extrajudicial simplifica o procedimento e reduz os custos envolvidos.


Além disso, o processo de inventário, ainda que extrajudicial, requer o cumprimento de uma série de exigência, fazendo-se necessária uma análise muito bem detalhada, evitando assim o prolongamento da situção. Portanto, é fundamental buscar orientação jurídica especializada para tomar a decisão correta e garantir que o processo de divisão de bens seja conduzido da melhor maneira possível.


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